Ação solidária ajuda e dá a conhecer realidade do cancro pediátrico

por Nuno Patrício - RTP

Todos os anos, em Portugal, são diagnosticados cerca de 400 novos casos de cancro em crianças e adolescentes até aos 18 anos. Uma doença que, apesar dos avanços no tratamento, ainda está longe de ser vencida. A batalha vai contar nesta quadra natalícia com um reforço, através de uma iniciativa solidária que junta a Associação Acreditar - Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro e a Associação Portuguesa De Centros Comerciais (APCC).

O objetivo é angariar donativos para a Acreditar, associação que assinala agora 30 anos e que, desde 1994, garante uma ajuda fundamental às crianças e jovens com cancro e às suas famílias, acompanhando e prestando apoio em todas as fases da doença.

Carla Pinto, diretora executiva da APCC, explica que com esta iniciativa pretendem “fazer a diferença e dar o contributo para esta missão tão nobre. Os centros comerciais são mais do que meros locais de compras, existem para servir as pessoas e as comunidades onde estão inseridos (…) e são plataformas de informação e sensibilização das pessoas para as causas sociais ”.
O arranque desta campanha solidária está agendado para dia 5 de dezembro, no Centro Comercial Colombo, em Lisboa, e irá contar com a colaboração da Orquestra de Sopros da Metropolitana, que vai realizar um “Concerto Solidário Acreditar”.

Uma data em que o mote solidariedade está presente e em que se celebra no Dia Internacional do Voluntariado. Uma função imprescindível em causas como a Acreditar apoia, ajuda e dá a conhecer. Carla Pinto afirma mesmo ser “um dia muito feliz” e dá conta do porquê desta iniciativa.
A campanha terá início na praça central do Centro Colombo, às 18h00, com o concerto da Orquestra de Sopros da Metropolitana, onde será entregue à Acreditar os donativos da APCC e dos seus associados.

Junte-se a esta causa

A realidade do cancro pediátrico em Portugal continua a ser um enorme desafio para país e crianças.

Cerca de 20 por cento das crianças diagnosticadas não sobrevivem e dois terços das que superam a doença enfrentam sequelas de longo prazo, explica a diretora-geral da Acreditar: “Continua a ser uma realidade em que o prognóstico de cura é bastante melhor do que era há uns anos atrás, mas continua a ser uma realidade muito dramática e desafiante para pais e toda a envolvente destas crianças”.

Apesar da dureza desta doença no início de vida de muitas crianças, não existe uma aposta na investigação nesta área devido ao diminuto número de casos, refere Margarida Cruz. Mas “se se continuar a pensar que 400 novos casos por ano não são suficientes para continuar esta luta a batalha exercida por pais e crianças, que sofrem desta patologia, seria ainda mais angustiante e desmotivadora. Por esta e todas as outras razões é que a campanha de solidariedade, entre os dias 5 de dezembro e 6 de janeiro, promovida pela APCC, faz sentido”, explica.
A campanha vai decorrer nas redes sociais e nos centros comerciais, mas é também alargada ao público em geral, para que possa também, dentro das suas possibilidades, dar o seu contributo para esta ação solidária.
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